Era noite cerrada naquela manhã em que me acordaste. A tua voz soava ainda a mel, aconchegando-me o sono e o acordar como os meus lençóis de flanela. Ao inicio a tua voz nao fazia qualquer sentido, as palavras nao eram audíveis aos meus ouvidos por despertar. A falta de clareza na madrugada não durou muito e rapidamente o teu toque tornou-se real como os espinhos ainda de pé da rosa que me ofereceste e que rapidamente perdeu todas as pétalas. Os meus olhos viram nos teus lábios que já não eras esmeralda ou extinto, já não eras meu porque a noite ja se havia despedido no horizonte. "vais embora?" julgo ter perguntado. A minha memória não guardou totalmente a tua resposta, apenas a ideia que transmitiste: um ultimo beijo na testa, a mão a passar suavemente no meu rosto em tom de despedida. A porta bateu, a visão das portas do armário semi vazio desvaneceu nos meus olhos que cerravam com a noite a chegar novamente. Bom dia dodô.

Comentários

qel disse…
madrugadas de sonhos.. :) *

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