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A mostrar mensagens de julho, 2012
Eu apaixonei me por ti no dia em que me apercebi que eras o homem dos meus sonhos. E um dia acordei e tu já não estavas nos meus sonhos, tu já não eras os meus sonhos. Sendo que 'tu' é uma palavra inconstante e 'sonhos' não se repetem de ano após ano.
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Cada batimento  cardíaco  é como um prego a trespassar a pele, cada palpitação outro prego e outra martelada no anterior. Cada um separado por  micro segundos , cada vómito separado por aquilo que sou e aquilo que me imagino ser. A imagem que vejo no espelho não sou eu e a dor de me sentir assim parece que nunca vai embora. A minha  vontade  de estar feliz desapareceu e tudo se torna cinza em meu redor, tudo o que nos meus dedos tocou virou  cadáver , tudo o que passou no meu corpo virou fera. Tudo de bom que passa por mim vira em coração furioso e mente transtornada. Não sou - hoje - mais do que alguém doente que gosta de ver tudo arder à sua volta, não sou mais que fogo sobre palha seca e inferno sobre a paz dos deuses. Hoje sou aquilo que odeias nos outros e aquilo que não queres para ti. Hoje não sou mais tua casa ou teu abrigo, não sou teu rochedo ou tua praia. Sou nortada quando navegas em mar alto e maré negra em cada canto. Sou tudo o que não quero, tudo o que não consigo
Meu dodo extinto, extinguiste do mesmo modo as nossas palavras inacabadas, extintas estão também todas as nossas memórias e os sonhos morrem à beira de água. Fomos bons recordo, e sei que te é difícil aceitar assim a minhas palavras, tudo porque tudo o que sou nunca foi suficiente, tudo o que és não gosta daquilo que vê. Fomos bons gostava de recordar, e penso quase em ter-te amada um dia. Pois dia a dia tudo morre no silêncio em que me deixas. Fomos bons? Não sei.
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As horas demoram dias a passar, o cansaço do silêncio desgasta as curvas de um sorriso outrora espontâneo. A solidão tem nome e sabe a mel, e com mel a espero e te espero a ti. Os dias  comem -me a epiderme aos pedaços. Não sou de bons argumentos, a minha vida foi marcada por discussões que perdi e diálogos que sonhei realizar. Amor era uma utopia para mim, algo que se cruzava com paixões que sentia de maneiras tão inimagináveis. Princesa de todas as torres, sonhadora de todos os sonhos, escritora dos contos de fadas. Assim vivi a palavra "amor" entre o partir e o ficar, entre a paixão e os gélidos dias do meu inverno o ano inteiro. (...) Sou as cores que não viste nas noites em que dormias sonhando com ela, as cores que trocaste porque te encontravas tão por colorir. E ainda assim - artisticamente - sempre foste mais colorido que eu, eu que sou carvão porque das cinzas se fazem todos os meus sonhos. Fomos sonhos bons, eu sei, e teremos ao certo memórias sem preço,