Talvez eu esteja eternamente destinada a esta solidão amorosa à qual fui moldada. Cansada fiquei facilmente de me tentar encaixar onde não pertenço e de amar aquilo que não era meu para amar. Quando ele me abraça com força e me sorri com saudade eu sei que o amo e que este é o meu lugar. O meu lugar é um amor assim, onde não dói ir embora e é divertido poder ficar. Fomos feitos de matérias diferentes, rascados de memórias que o outro desconhece por completo. Talvez a minha maior duvida não seja o amor mas sim a minha necessidade dele ou a minha capacidade de gostar de amar. Amor nunca foi nada para mim, mesmo quando o amei com tudo o que havia para dar, eu continuei com tanto para mim, tanto que não era amor, tanto que era maldade e luxurias minhas. Porque o seu sorriso diz me sempre que está cheio de tudo, até de mim, das minhas pequenas maldades e ate quando se chateia eu sei que é por amor. E eu olho-o e sorriu e fazemos amor como se fosse lua de mel outra vez, mas eu sinto-me tão vazia, como em qualquer cama num sábado que chegou à madrugada de domingo. E não quero dormir nos braços que eu não sei se são meus. Porque não é mimo que procuro, porque amores eu já os tinha antes dele. Amores eu sempre tive pelos outros, mas promessas? Essas são para pessoas como ele, moldadas em cima de outros que não eu. Promessas que me foram feitas mas que não são minhas. Eu não sou pessoa para ele. Eu sou a minha pessoa. 

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