memories
não me esquecer prometo. nem as cicatrizes, as tatuagens, o cabelo no lixo da casa de banho, os olho borrados, as rochas, os calhaus no meio do caminho, os concertos, nos banhos e as conversas ordinárias à hora de jantar, a happy a fazer de bíblia, a bíblia a fazer de lenha, o álcool a tornar-se água, o sangue a tornar-se álcool, a água a tornar-se vinho. não vou esquecer os bailes, os saltos altos e a lama, vou recordar para sempre as bolachas a virarem cinzeiros, as costas a virarem cicatriz, o mar a virar vinho. e não esquecer os berros, as nódoas negras nos joelhos e as conversas no parque, não vou esquecer as escolhas, certas ou erradas, certas ou precipitadas. não vou esquecer o algarve, nunca hei de esquece-lo, não vou esquecer os semis, os quartos ou a nossa eterna maionese. e vou lembrar-me sempre que ouvir a palavra espreguiçadeira, sempre que ouvir a palavra barco, a palavra virgem. o leme e o remo, o leite e a cerveja, as riscas e o discoclub, a moranguita e o baile, triâng...