Há quem diga que nasci para ficar sozinha, que todo o meu ser apela a solidão. Pessoas nunca foram o meu forte, nunca aquilo em que depositei todas as minhas esperanças. Aliás, em tempos foram para lá de sonhos e amores, foi lá que adormeci descansada para acordar no maior circulo de feras da minha vida. Talvez, e correndo - novamente - o risco de te enganar, tenha sido lá que me perdi, e talvez ainda tenhas razão quando dizes que não funciono bem. Há em mim uma percentagem acentuada de esperança, quase que um grito no meu peito. E há em ti uma descrença e desamor que talvez não tenha retorno.
Talvez tu fosses o estável e certo, aquele que viveu a meu lado a pensar noutra qualquer mas que no fundo estava certo. E eu estivesse irremediavelmente errada, focada apenas em ti, aprendo a amar pouco a pouco. Porque eu sempre soube falar de amor e tu sempre soubeste amar os outros que não eu.

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